QUÃO GRANDE ÉS TU!
(Aprendendo sobre o nosso Deus)
O Senhor, nosso Deus, é o único Senhor (Dt 6:4)
Quem é Deus segundo as Escrituras sagradas?
Esta é uma pergunta que, por mais que tentemos apresentar algumas respostas,
estas, nunca serão plenamente satisfatórias. Afinal, somos seres humanos
finitos e pecadores tentando entender um Deus infinito e santo. Mesmo assim,
podemos afirmas algumas coisas, com base na revelação, sobre Deus, sua pessoa e
características. A Bíblia diz que as coisas encobertas pertencem ao Senhor, e
as reveladas pertencem a nós (Dt 29:29). Tudo o que sabemos sobre Deus advém da
sua auto revelação. Se ele nunca tivesse se revelado, não saberíamos nada sobre
ele. Por isso, reconhecemos que não sabemos tudo, mas apenas o que ele próprio
quis que soubéssemos.
Pois bem, diante de todas as maneiras que
Deus se revelou a nós através da sua Palavra, podemos dizer que DEUS é Espírito
Pessoal, Eterno, Infinito e Imutável; é Onipotente, Onisciente e Onipresente; é
Perfeito em Santidade, Justiça, Verdade e Amor. Ele é o Criador e Sustentador
de todas as coisas, Redentor, Juiz e Senhor da história e do universo, que
Governa pelo seu Poder dispondo de todas as coisas, de acordo com o seu Eterno
Propósito e Graça, que se revelou a humanidade.
É Deus Triuno; o Eterno DEUS é Pai, Filho e Espírito Santo, Pessoas
distintas, porém sem divisão em sua essência.
Gostaríamos de destacar a ideia de
“triunidade”. Ele é um Deus trino. E o que isso significa? A palavra
“triunidade” não aparece nas Escrituras, mas foi criada para expressar uma
verdade encontrada em toda a Escritura. A que Deus é um ser triúno, isto é, ele
subsiste eternamente em três pessoas distintas e co-iguais. Todas elas são
igualmente e plenamente divinas, no entanto, existe um único Deus (Dt 6:4; Tg
2:19). Deus é um em sua essência. Esta essência é única e indivisível. Essa
essência não está fragmentada, de modo que cada pessoa da trindade seja uma
parte de Deus. Todos sem exceção, o Pai o Filho e o Espírito Santo, possuem a totalidade
da essência divina. Esta é uma daquelas doutrinas difíceis de entender
logicamente, mas que não podem ser negadas devido a farta evidencia bíblica.
Para tentar clarificá-la, pensemos nas três
pessoas divinas de forma separadas. Começaremos a nossa abordagem falando sobre
o Pai. Deus é chamado de Pai em alguns textos do Antigo Testamento (cf. Dt 32:6; 2 Sm 7:14; Sl 68:8; 89:26;
Is 63:16; 64:8; Jr 3:4, 19; Ml 1:6; 2:10). A designação “Pai” não era muito
comum para se referir a Deus no Antigo Testamento, principalmente para não
confundir o Deus de Israel com os deuses tidos como progenitores pelos pagãos.[1]
Em o Novo Testamento, entretanto, as referências bíblicas à pessoa do Pai são
numerosíssimas: mais de 200 (cf. Mt
5:16; 6:9; 26:53; At 1:4; Rm 1:7; Gl 1:3; Ef 6:23, etc.). Quando somamos os
textos do Antigo Testamento à revelação do Novo Testamento, descobrimos que o
Pai é uma das pessoas da triunidade. Todos estes textos bíblicos revelam-nos
informações preciosas e importantes sobre a pessoa do Pai do nosso Senhor Jesus Cristo (1 Pd 1:3).
A Bíblia afirma, e por isso cremos, que o
Pai é divino, isto é, ele é Deus: Deus, o Pai, nele colocou o seu selo de aprovação (Jo 6:27 – grifo nosso cf. também 2 Co 1:2; Ef 4:6; 1 Pd
1:2-3). Se o Pai é Deus, consequentemente é, também, eterno (Sl 90:2). Deus, o
Pai, existe antes de todas as coisas. Não foi gerado e nem criado; sempre
existiu e sempre existirá. O passado, o presente e o futuro são igualmente
conhecidos por ele, que observa todos os acontecimentos como um todo
inter-relacionado. O Pai não é um mero
poder ou mesmo uma influência impessoal sobre a vida das pessoas. Pelo
contrário, é um ser pessoal que possui a capacidade de raciocinar, de sentir,
de almejar: Preocupa-se com os desfavorecidos (Sl 68:5); perdoa pecados (Mt
6:15; Mc 11:25); tem vontade própria (Mt 7:21; 18:19; Lc 12:32; 22:42; Jo 6:40;
Gl 1:4); responde orações (Lc 11:13; 12:30-32); é sobre todos, por todos e está em todos (Ef 4:6). As Sagradas
Escrituras também afirmam que o Pai é o responsável pelo planejamento da obra
da redenção (Ef 1:3-6).
Sobre Jesus, a segunda pessoa da
triunidade, nós cremos que ele é plenamente Deus. Na Bíblia Sagrada há diversos
textos que asseguram de maneira explícita a divindade de Cristo, como por
exemplo, João 1:1: No princípio era
aquele que é a Palavra. Ele estava com Deus, e era Deus. Mais adiante, João
narra a declaração de Tomé a Jesus: Senhor
meu e Deus meu (Jo 20:28). O apóstolo Paulo também declara que Jesus é o
grande Deus: ...aguardando a bendita
esperança e manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador Jesus Cristo
(Tt 2:13 cf. Rm 9:5). Pedro, de
igual forma, reconheceu a divindade de Cristo: ...nosso Deus e Salvador Jesus Cristo (2 Pd 1:1). Além da natureza divina, Jesus veio ao mundo
como ser humano, com todas as limitações que o homem possui: fome, sede frio,
cansaço, por exemplo. Sobre isso a Bíblia assegura: E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de
verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai (Jo 1:14).
Em outro texto lemos: Eu mesmo o vi com
meus próprios olhos e o ouvi falar. Eu toquei nele com as minhas próprias mãos (I
Jo 1:1 – BV). Deus se fez gente para
identificar-se com o ser humano.
Além do Pai e do Filho, atentaremos para o
Espírito Santo, a terceira pessoa que integra a Triunidade divina. Nós cremos
que, assim como o Pai e o Filho, ele, do mesmo modo, é Deus. Não podemos
confundi-lo com uma energia, um poder ou uma força. Nos dias atuais, existe
muita confusão em torno do Espírito Santo. Muitos o estão tratando como se ele
fosse apenas um poder, que fica, constantemente, à disposição dos crentes; o
que não é verdade. A Bíblia mostra que o Espírito Santo é tanto uma pessoa,
quanto é Deus. O Espírito Santo é um ser pessoal - assim como o Pai e o Filho o
são -, e não simplesmente uma força impessoal e ativa de Deus. Por ser uma
pessoa o Espírito Santo tem intelecto (1 Co 2:10-11), tem vontade (1 Co 12:11)
e tem sentimentos (Ef 4:30). Da mesma forma, a Bíblia atribui a Ele atos pessoais
como ensinar (Lc 12:12); guiar (At 8:29); falar e escolher (At 13:2);
interceder (Rm 8:26) e convencer (Jo 16:8), por exemplo. Com relação à sua
deidade, um dos textos mais claros a esse respeito se encontra, no livro de
Atos. No capítulo 5, versículo 3, na pergunta de Pedro a Ananias, ele afirma:
...mentisses ao Espírito Santo. E, no
versículo 4, o apóstolo completa: ...não
mentiste aos homens, mas a Deus. Portanto, fica claramente evidenciada,
nestes versículos, a deidade do Espírito Santo.
PARA REFLETIR
01. Quem é Deus segundo as Escrituras? O que ele representa para
você?
02. O que significa dizer que Deus é trino? Como provar esta
doutrina?