domingo, 28 de fevereiro de 2010

O EVANGELHO SEGUNDO MARCOS

1. Provavelmente o Evangelho original entre os sinópticos:
Então porque se coloca após Mateus?

Provavelmente porque Agostinho o considerou uma condenação de Mateus. Nenhum erudito hoje aceita esta teoria.

Nos escritos não identifica o seu autor (é uma obra anônima).


2. Autoria
Segundo Papias ( um dos pais da igreja- 140 D.C), afirma, que o evangelho é de autoria de Marcos. É o testemunho mais antigo de todos.

Marcos é o João Marcos (At 15.37; Col 4.10; Tim 4.11 e 1 Pe 5.13).

A fonte narrativa oral de Pedro (testemunha ocular) uma espécie de “memória de Pedro”. Se você não crê que foi Marcos, não tem problema; o problema é o seguinte: “O livro é inspirado”, e a questão é, você e eu praticarmos os seus preceitos? De que vale João Marcos ter produzido um retrato imortal de Cristo, se este não é o senhor de nossas vidas?


3. Data.
Alguns imaginavam ser 10 anos após a ascensão improvável;

Alguns eruditos modernos: (50 D.C.)

Outros entre 64 ou 67 D.C. (coerente com a destruição de Jerusalém no ano 70 D.C.).


4. Lugar e Destino
Provavelmente escrito em Roma (pouco antes do martírio de Pedro 62 – 64 D.C.), para os gentios de lá;

Ele explica minúcias de costumes Judeus (desnecessários se o publico fosse judaico) 7.3-4

Expressões “Talita Cume”, “Efata”, “Puro”, “Impuro”, ilustram que o público era gentílico (5.41; 7.34; 7.2)

5. O que é?
É uma narrativa ou esboço breve, que tem como tema central retratar a Jesus como “Operador de Milagres”, como o Profeta e o Messias, como veio a ser crucificado e como podemos ter esperança na vida eterna nele.

6. Propósito
Não é uma tentativa de converter os não cristãos. O público é gentil que já professa a fé cristã.
Marcos esta escrevendo para uma igreja mártir e em sofrimento, para cristãos que a qualquer momento poderia ser jogado na arena de Roma, para almoço das feras;

Coliseu: os cristãos foram estraçalhados;

Mártir; cristãos cobertos de piche; cristãos pendurados em estacas,cristãos torturados nos jardins dos palácios de Nero; Nero, Nero....assim ele divertia os convidados pagãos.
Isso era o que estava acontecendo nos dias de Marcos, João Marcos via, ouvia e registrava. Na verdade ministrava para uma igreja acuada e sem saída, a perseguição ficou feia quando os cristãos foram acusados de terem ateado fogo em Roma. Pedro e Paulo haviam sido martirizados recentemente, e o grande mártir Jesus, ainda estava bem vivo na mente dos irmãos.
Vinte por cento de Marcos é sobre essa “Paixão de Cristo” que não quer mostrar um Jesus apaixonado, mas um Jesus que morre de amor pelos irmãos.
Duas perguntas norteavam a cabeça dos irmãos:
Por que Jesus morreu?
Por que os mártires têm de morrer?

Marcos responde:
Os judeus enciumados mataram Jesus;
A culpa dos romanos não são mais graves do que a dos judeus.
Cristo deu sua vida voluntariamente (abre caminho para a doutrina da expiação).
Com isso, o problema será respondido, embora pareça distante.
Então, Marcos escreve fornecendo orientação a igreja que estava atravessando dias de terror.
A idéia jamais foi publicar um livro, muito menos uma nova forma literária (narrativa) que se transformaria em um dos textos mais conhecidos da história humana.
Não foi escrito em forma de circular para ser lido por alguns e passado para frente, isto é, pela comunidade cristã de Roma.
Ele queria que os irmãos relembrassem os propósitos da vida de Jesus, para que pudessem enfrentar guerrilheiramente a grande perseguição de morte.
O nosso Marcos cria que Jesus era o Messias (não intelectualmente Nicodemus).

7. Mais propósitos
Jesus é apresentado como grande operador de milagres, o poderoso “Filho de Deus”, ( Marcos está ensinando que Jesus compartilha da mesma essência divina do Pai, e será o futuro juiz), ou seja, seu governo não pode ser comparado com o governo terreno (que era o conceito de Messias dos Judeus).
O Filho de Deus para Marcos, triunfou sobre a morte e promete o mesmo tipo de vida a todos quanto querem segui-lo em sinceridade e verdade.
Marcos diz: Olha irmãos romanos, é importante que não somente estejamos preparados a morrer com mártires, mas também preparados a viver com mártires.

8. Filho do Homem
Marcos mostra Jesus como filho do homem (Jesus era homem e seu sofrimento foi nessa esfera.
Marcos lembra isso aos seus leitores informando-lhes que eles não podem passar por nada pior do que aquilo que seu próprio senhor já passou.
Marcos: foi companheiro de viagem de Paulo e bem conhecido no meio apostólico. Deve ter tido muitas oportunidades de conversar com Pedro e com outras testemunhas oculares a respeito de Jesus.

9. Influência de Paulo
Marcos 1.15 (....o tempo está cumprido), com II Cor 5.12= inauguração do novo pacto.
Marcos 14.24 (....meu sangue, o sangue da aliança derramado por muitos) com Rm 5.11 sangue da aliança= Circuncisão (Ex 24.8; Zac 7.11; e Heb 9.20).
Marcos mostra a Nova aliança e Paulo também, (I Cor 11.25).

10. Relação com Mateus e Lucas
É mais coerente aceitar Marcos como evangelho original:

a) Marcos: 661 versículos (600 são copiados por Mateus)
b) A narrativa de Mateus acompanha a de Marcos, algumas modificações devem-se a tentativa de Mateus aplacar as palavras duras de Jesus para como leproso (Mc 1.43; Mt 8.2-3), ou eliminar a ira demonstrada por Jesus (Mc 3.5 e 10.14; Mt 12.10-14 e 19.13-15).
c) Marcos= 661 versículos (396 são copiados por Lucas).
d) Lucas preserva os mesmos versículos e a mesma seqüência histórica (usa Mateus mas não faz isto).
e) Marcos não narra os ensinos de Jesus (Mateus e Lucas acrescentam isso).
f) Mateus e principalmente Lucas corrigem palavras erradas do original Grego de Marcos (o contrário é incoerente).
Obs. Aula ministrada pelo pastor José Lima de Farias Filho – sobre Novo testamento, no segundo ano do curso de bacharel de teologia da aluna Maria Neusa Pires. Data 18.04.2006

Bibliografia
Teologia Sistemática – Waine Gruden
Teologia Sistemática – R. N. Champlin
Teologia Sistemática – D.A. Carson


sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

A IGREJA E O CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO

IGREJA E A EXCELENCIA DE SUA ADMINISTRAÇÃO
Não podemos perder de vista a nossa relação com Deus. Ele é o Senhor e nós os seus servos.

Partimos do nome de Deus – Adonai = Senhor

Sl 145.1 O Salmista diz que Ele é o Senhor desde a eternidade.

Podemos identificar este termo com as palavras domínio e ter a posse

a) Domínio – Tem o direito de fazer o que quer e bem se entende.

b) Ter a posse – estar de; não diz que é proprietário, ele apenas usa, não pode dispor do que foi entregue, precisar conservar e zelar.

Nestes termos percebemos que Deus tem o domínio sobre todas as coisas que existem e estão sobre a face da terra. Sl 24.1

Compreendendo um pouco a nossa história e como ela tratou a igreja.

Deus pó sua misericórdia entregou ou doou =Domus o próprio filho para formar a igreja e neste tempo permite que a igreja provoque mudanças pelo mundo a fora.

Em 07/09/1822 ocorre a Proclamação da Independência do Brasil, o pais deixa de ser colônia portuguesa, tornando-se livre do domínio de Portugal.

Em 25/03/1824 acontece a I Constituição Política do Império do Brasil. Traz na sua Constituição que o Brasil não é um Estado Laico e sim um Estado Clinical e reconhece que a Igreja católica Apostólica Romana é a Igreja oficial do Brasil, uma igreja ligada ao Estado, de braços dados com o Estado. É lhe dada prioridades e direitos como: ela passa a redigir as escrituras das terras e propriedades; somente a igreja católica passa a emitir certidão de nascimento dos brasileiros e através do batismo, informava oficialmente, assim também para com o casamento sendo de sua responsabilidade e não do Estado; é de sua responsabilidade também informar os mortos e interrá-los nos “campos santos”; somente aqueles que foram batizados na igreja católica podiam ser enterrados nestes campos, se descobrissem que alguém foi enterrado e não era batizado, seu corpo era retirado da sepultura.

Neste contexto do Brasil a igreja oficial era que mandava, ou seja, a Igreja Católica Apostólica Romana, e as religiões poderiam ser toleradas desde que não se reunissem em locais que poderiam ter características de templo, inclusive casas.

Em 13/05/1888 a Princesa Izabel decreta a libertação dos escravos no Brasil, e este acontecimento provoca uma situação social tremendamente difícil, são despejados nas ruas e cidades e nas vilas milhares de negros. A fome e a pobreza é intensa, que muitos voltam a trabalhar para seus antigos senhores, sem receber nenhuma remuneração, tendo em troca somente a alimentação. Deixaram de ser escravos no papel e continuavam sob o domínio por causa da fome.

Em 15/11/1889 – ocorre então a Proclamação da República e em 24 de Fevereiro de 1891 a I Constituição Federal do Brasil como Republica e muda o regime de Clinical e temos uma carta Magna de elaboração de Rui Barbosa (Estados Unidos do Brasil) com base nas Constituição Americana, e deixa de ter uma religião oficial e passa a ser uma religião Laico e as religiões que já existiam passam a ter o direito a adquirir propriedades, possuir bens, comprar e vender, assim como, fazer negociações em sociedade. Passamos a ter o primeiro código civil em 1816 entrando em vigor em 1 de janeiro de 1817.

A Lei número 10.406 de 10/01/2002 contém alterações e o novo Código Civil com 2046 artigos. Projeto de Lei 634/75 elaborado pelo jurista Dr. Miguel Reale.

Nele contém pontos sobre as organizações religiosas e traz matéria sobre a vida das igrejas e conceitua primeiro o que uma instituição jurídica = homens e bens com vida, direitos, obrigações e patrimônio próprios. (Maximilianus Claudio Américo Führer).

O Código Brasileiro olha para a pessoa jurídica e dá uma importância muito grande, e dá proteção as empresa jurídicas. Amparando-as pelo código Civil. E quem não cuida da pessoa jurídica corretamente, pode ter sobre si penalidades. Os administradores devem ter esta visão de cuidar bem da empresa jurídica.

Dentro do Código Civil uma pessoa jurídica passa a existir pela presença de um bem disponibilizado, colocado para uma finalidade e é acompanhado por um curador de fundação e autoriza sua fundação passando a ser acompanhada pelo Ministério Público.

Pessoas Jurídicas de direitos privados: é aí que está inserida a Igreja como organização religiosa, (Lei 10825/2003). Porque as Igrejas não querem ser classificadas como Associação?

A Igreja Católica tem o direito Canônico e leva sua instituição com base neste direito e tem um Estado reconhecido que é o Vaticano, e tem como extensão todas as paróquias no mundo e de acordo com o Direito Canônico, ela está acima de qualquer Lei do Estado.

O Estatuto das Igrejas precisam ser igual aos da Associação porque as Igrejas não possuem o Direito canônico, obedecendo ao que o Código Civil pede de acordo com a Associação Civil e conforme o Código Civil Brasileiro e com isso cada uma das Igrejas de uma Organização será uma pessoa jurídica com obrigações e deveres e seus diretores assumem responsabilidades. Diante disso todos os seus diretores precisam ter habilidades, conhecendo aquilo que é básico.

Código Civil Artigo 44:

I – as associações

II – as sociedades

III – as fundações

Parágrafo único: As disposições concernentes às associações aplicam-se, subsidiariamente, às sociedades que são objeto do Livro II da Parte Especial deste Código.

Ser livre a criação, a organização, a estrutura interna e o funcionamento das organizações religiosas, sendo.

Código Civil Artigo 53:

Constituem-se as associações pela união de pessoas que se organizem para fins não econômicos.

Parágrafo único: Não há, entre os associados, direitos e obrigações recíprocos.

Artigo 54:

Sob pena de nulidade, o estatuto das associações conterá:

I – a denominação, os fins e a sede da associação;

II – os requisitos para admissão, demissão e exclusão de associados;

III – os direitos e deveres dos associados;

IV – as fontes de recursos para sua manutenção;

V – o modo de constituição e funcionamento dos órgãos deliberativos e administrativos;

VI – as condições para a alteração das disposições estatutárias e para a dissolução.

Sem estes dados os cartórios não recebem para registros.

Artigo 57:

A exclusão do associado só é admissível havendo justa causa, obedecido o disposto no estatuto; sendo este omisso, poderá também ocorrer se for reconhecida a existência de motivos graves, em deliberação fundamentada, pela maioria absoluta dos presentes à assembléia geral especialmente convocada para esse fim.

Parágrafo único: Da decisão do órgão que, de conformidade com o estatuto, decretar a exclusão, caberá sempre o recurso à assembléia geral.

Aplicar a qualquer membro qualquer tipo de sanção em casos como exclusão do rol de membros, pode resultar em ações penais e dando o direito ao membro de exercer seus direitos. É preciso obedecer a Constituição Federal – que dá amplo direito de defesa antes de se aplicar a punição..

As Igrejas terão Assembléias locais e seus membros poderão pleitear situações em que se consideram prejudicados. Ex Membros que se consideram ofendidos e reparação por danos morais, buscam a justiça comum nos tribunais.

Artigo 50:

Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade, ou pela confusão patrimonial, pode o juiz decidir, a requerimento da parte, ou do Ministério Público quando lhe couber investir no processo, que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens particulares dos administradores ou sócios da pessoa jurídica.

È responsabilidade dos administradores manterem a sua finalidade

Artigo 59:

Compete privativamente à assembléia geral:

I – eleger os administradores;

II – destituir os administradores;

III – aprovar as contas;

IV – alterar o estatuto.

Parágrafo único: Para as deliberações a que se referem os incisos II e IV é exigido o voto concorde de dois terços à assembléia especialmente convocada para esse fim, não podendo ela deliberar, em primeira convocação, sem a maioria dos associados, ou com menos de um terço nas convocações seguintes.

Implicações legais que merecem atenção:

Requisitos para entidades com Fins não econômicos

• Aplicação dos recursos nos seus objetivos no território nacional

• Não distribuição de seu patrimônio ou renda para os seus diretores

• Escrituração em livros contábeis.

Para conseguir imunidade tributária tem que seguir estes três itens.

Imunidade é a garantia constitucional e não por lei ordinária como é o caso de isenção.

Qual é o tributo que a constituição Federal garante a isenção as Igrejas: Imposto de Renda e IPTU.

Quanto a escrituração, todo pagamento que a pessoa jurídica fizer (neste caso a Igreja) deve pedir a Nota Fiscal modelo de Contribuinte (modelo 1).

Obs. Nota Fiscal ao consumidor não tem valor para a empresa jurídica.

Recentemente (dez/2009) o Presidente Luiz Inácio lula da Silva assinou um acordo com o Vaticano – Lei do apadroado. Por conta deste acordo o Estado passa a carrear recursos para reformar os templos católicos e isenção de impostos, e todas as atividades da igreja católica são custeadas com os impostos dos munícipes.

Com as alterações no Código Civil Brasileiro, todas as Igrejas devem imediatamente se ajustarem a nova Lei, em caso contrário estão sujeitas as sanções estabelecidas no próprio Código Civil, item infrações.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

NOSSA ATITUDE PODE MUDAR O MUNDO.

A busca por aves raras tem aumentado no Brasil, são constantes as apreensões de traficantes de aves pelo IBAMA. O tráfego é uma ação inescrupulosa. A preservação do meio ambiente depende de cada um de nós. Esteja atento e faça valer a dom da vida e da liberdade, o qual Deus deu também aos animais.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

A QUESTÃO BÍBLICA SOBRE USOS E COSTUMES

 USOS E COSTUMES
O crivo é a bíblia sagrada
A igreja tem o crivo
O crivo da igreja é a bíblia

Principio ou Costume
Não existe uma cultura cristã, mas princípio bíblico.
 Cultura cristã se refere aos costumes do País.

Se existe uma cultura universal, tem que ser atemporal – em todos os países têm que ser igual. A cultura padrão é um mandamento?
Teríamos uma cultural hebraica Universal?

Se o cristianismo não e um costume, mas um principio, então temos que nortear os costumes pelo principio bíblico> Ex: poligamia – é contra o principio bíblico, isto em qualquer lugar do mundo.

É possível que tenhamos mais base bíblica para definirmos usos e costumes, através dos princípios bíblicos >EX. Decente – simples – não pode ser extravagante.

A bíblia não dá suporte para luxuria. Assim deve ser também em qualquer cultura. Na India a mulher casada usa pulseira no braço e isto é tomado como decência. Quer norteamos, não seja um costume que venha impedir os princípios bíblicos.

Uma mulher cristã deve se vestir de igual forma em todos os países?

Se isso for um mandamento, nós sabemos que mandamento não muda, se são os costumes nacionais e locais então são temporais, ou seja, vem e passa.> Ex: no Brasil a cultura é especifica e diferente de outros países, e a moda continuamente passa, não se usa isto para nortear o principio, deve ser decente e simples para todas as áreas inclusive administração, >Ex: área social.

Moda e costume é um mandamento?

Se for assim deve ser para todos os países e atemporal, ou seja, não pode mudar, tem que ser a mesma daqui a oitenta anos ou igual as vestimentas dos antigos na bíblia, isto quer dizer que deve ser a mesma em todos os lugares.

SE ENTENDERMOS QUE É UM PRINCIPIO, TEMOS ALGUNS CASOS QUE PRECISAMOS SOLUCIONAR?

Cristianismo não é uma cultura, o principio deve ser levado ao ponto de que o que houver na cultura precisa ser mudado segundo o principio bíblico, novamente citamos o ex.> poligamia.

Existem pessoas liberais e tradicionais e precisamos viver com equilíbrio.

A igreja Adventista da Promessa tem quase 80 anos e precisa ter equilíbrio, por isso foi lançado o LIVRO VIVENDO COM EQUILÍBRIO. Após pastores fazer uma análise, levou-se ao debate que sugere que há um equilíbrio muito maior agora.

A questão sociológica é agora analisada.
Qual o tratamento pastoral a ser dado aos grupos de liberais e tradicionais, como chegar ao ponto de equilíbrio.

O NOSSO MAIOR PATRIMÔNIO É SER PROMESSISTA.

E como vamos lidar com estes irmãos, sem magoá-los. Ex> Atos dos Apóstolos: Apolo pregava o evangelho, era intelectual, porém não conhecia o batismo no espírito Santo. Pedro já era uma pessoa mais rude, e outros já diziam sou de Cristo, este último grupo não aceitava a direção de humanos.
Para isso suportamos uns aos outros com amor, tolerância para levar as cargas uns dos outros e assim cumprireis a lei de Cristo. Ex; se comer carne escandalizar meu irmão, devo abrir mão de comer carne.
A questão geográfica tem também dificultado o convívio das igrejas, pois as regiões têm seus hábitos e costumes regionalizados.
Através da Internet, as coisas são muito rápido e as informações chegam com muita facilidade ao conhecimento dos irmãos. Ex: se alguma igreja fizer um retiro e colocar fotos das pernas com calças compridas, chegamos a um escândalo em determinada região.
Em El Salvador e Nigéria nossas irmãs usam véu branco nas igrejas e em todos os cultos.
Perguntamos, elas vão para o céu?
A platéia presente disse que sim.
Lá elas sabem que as irmãs no Brasil não usam véu e perguntamos agora, as irmãs daqui vão para o céu?
A platéia respondeu que sim.
Então temos duas questões, irmãs que usam véu e irmãs que não usam véu, qual de fato vai para o céu?
A salvação não está ligada ao véu, usar véu não um princípio bíblico, mas tradição e costumes dos países.
Os irmãos nigerianos que usam saia e são cristãos vão para o céu?
A platéia disse que sim.
E no Brasil os homens que usam saia, vão para o céu?
A platéia não respondeu, começa a pensar que as coisas são um pouquinho diferente do que se imagina ou pensa. A nossa cultura está muita presa a costumes, e voltamos a dizer usos e costumes não são princípios bíblicos.
 Questão histórica no Brasil.
Os evangélicos no Brasil até algumas décadas atrás, tinham que se adaptar a alguns moldes.
Os tempos mudaram, algumas igrejas entraram em conflito interno, inclusive a nossa.
Algumas igrejas mudaram para o próprio bem. E nós como devemos tratar nossos membros, para não matar espiritualmente a ninguém. Seja qual for a nossa definição teremos dificuldades de lidar e precisamos fazer com equilíbrio.
A Igreja Adventista da Promessa vem lutando para que esteja vivendo com equilíbrio.
O primeiro nome da Igreja foi A UNIVERSAL ASSEMBLÉIA ADVENTISTA DA PROMESSA, passamos 09 anos com este nome e depois como ADVENTISTA DA PROMESSA.
O princípio da nossa doutrina não foi como é hoje. O pastor João Augusto da Silveira era do Sétimo Dia e no principio atraiu pentecostais que entenderam o sábado e alguns irmãos Adventistas, compreenderam o batismo com o Espírito Santo.
O pastor João Augusto era favorável ao batismo no tanque e batizava no tanque que existia na IAP de Vila Maria, e com as mudanças e influencias passou a realizar em águas correntes
Pois na época tinham a compreensão de que a água tirava os pecados, quando na verdade é o sangue de Jesus que tira os pecados (Apoc 1.5) e isto foi um erro gravíssimo. Agora temos vários irmãos que se recusam ao batismo no tanque devido a este erro. O batismo é simbólico quem lava os pecados é o sangue de Jesus Cristo o Senhor. A hora que resolvermos este assunto; cremos que Deus honrará sua Igreja. Nesta questão teológica e escatológica, e chegamos ao axioma da ressurreição de Cristo – conforme consta no doutrinal foi escrito pelo pastor Genésio Mendes que lutou em muitas Assembléias, até que todos pudessem aceitar e hoje consta em nosso doutrinal.
Depois de muitas décadas voltamos a batizar nos tanques.
Tempos atrás tínhamos algumas práticas que eram consideradas apostasia, por exemplo > cortar as pontas dos cabelos era pecado e muitas pessoas foram disciplinadas por isso, indevidamente. > o pastor Cassiano teve de vender o rádio para ser consagrado ao diaconato. > a TV era considerada a besta do apocalipse, pois falava e tinha dois chifres.
Depois da televisão veio a questão do CPF, era a marca da besta e causou um pânico nos cristãos, e hoje todos nós possuímos o CPF; depois veio o código de barras, no principio foi em alguns produtos e depois estava em todos os lugares. Agora é o chips da Belmex, que está sendo implantado debaixo da pele. > usar bermuda era pecado, e não podia ser usada nem em casa. > jogo de bola era considerado um pecado gravíssimo. > roupas jeans era inadmissível para pastores, nem se olhava. Muitas pessoas foram disciplinadas por estas questões. E temos que ter a maturidade de dizer que estávamos enganados, mas na época tinha-se a certeza de que se não aplicasse a disciplina os irmãos iriam para o inferno.
A Junta Geral Deliberativa entende que lá na frente quando amadurecermos poderemos dizer e olhar para trás que houve maturidade em nossas decisões e que agora estarão servindo e não estarão no mundo.
Qual o tratamento que tem que ser dado aos radicais na igreja, que consideram que tudo é pecado?
Respondemos; Amor o trato tem que ser com amor. Não podemos fazer juízo antecipado, somente Deus julga e nós seremos julgados somente no final, apenas Satanás já está julgado e condenado. Não devemos entristecer o Espírito Santo, que sabe muito mais do que nós.
 Lembremos alguns princípios bíblicos.
 Tito 2.8 > linguagem sã e irrepreensível
 Linguagem sã e sadia, curada, não seja enferma
 Apresentar nossos membros para a santificação e edificação, investir toda a nossa força para o bem do nosso próximo.
 Princípios que devem manter a Igreja de Cristo.
 Andar mais uma milha com seu próximo
 Domínio de si, quando não consegue domínio vive-se sem controle.
Nessa introdução, são questões que precisam ser consideradas em questões de princípios bíblicos.
Gênesis 24.22 – “ e aconteceu que, acabando os camelos de beber, tomou o varão um pendente de ouro de meio siclo de peso, e duas pulseiras para as suas mãos, do peso de dez siclos de ouro..” Estes presentes eram para Rebeca – o servo de Abraão enviou os presentes para uma mulher para ser esposa de Isaac. O presente foi enviado pelo pai dos crentes, o pai da fé. Onde está o pecado?
Gênesis 41.42 – “ e tirou Faraó o anel de sua mão e o pôs na mão de José, e o fez vestir de vestidos de linho fino, e pôs um colar de ouro no seu pescoço..” O colar em José não era algo abominável – pois José não aceitaria nada que abominasse a Deus e usou os presentes.
Números 31.48-51 – “então chegaram-se a Moisés os capitães que estavam sobre os milhares do exército, os tribunos e os centuriões, e disseram a Moisés: teus servos tomaram a soma dos homens de guerra que estiveram sob a nossa mão; e nenhum falta de nós. Pelo que trouxemos uma oferta ao Senhor, cada um o que achou, vasos de ouro, cadeias, ou manilhas, anéis, arrecadas, e colares, para fazer propiciação pelas nossas almas perante o Senhor. Assim Moisés e Eleazar tomaram deles o ouro para fazerem o sacrifício. Moisés e Eleazar procederam sem culpa sem medo e Deus aceitou a oferta de 191 kg de ouro.
Juízes 8.26 – “ foram 1700 siclos de ouro e mais. Este procedimento mostra que era comum o uso de jóias. Gideão construiu ídolos que acabou em adoração.
Provérbios 25.12 – “ como pendentes de ouro e gargantilhas de ouro fino, assim é o sábio repreensor para o ouvido ouvinte. Salomão fez uma comparação – comparou a jóia a prestígio, coisa boa.
Cantares 1.8-11 – A quem diga que cantares é uma alegoria entre Cristo e a Igreja, se for veja como um fala para com o outro. Seria a noiva falando para o noivo. E o noivo falando para a noiva. Noivo representa Cristo – a noiva representa a Igreja.
 Enfeites de ouro
Isaias 3.18-23 – históricamente tem se usado este texto para dizer que Deus ordena que tire estes adornos entendendo que as mulheres estavam em pecado. Não tendo pecado não tem motivos. Era uma referência a crista das mulheres soberbas e arrogantes com a cabeça levantada e andar malicioso.
No contexto estas mulheres estão sendo repreendidas por Deus. Neste contexto é uma decepção de Isaias com o povo de Israel. É a decepção de Deus com o seu povo.
Isaias 61.10 mais uma alegoria – este texto é um hino jubiloso do noivo que vem a noiva. Comparar com Apocalipse 21.2 – Jerusalém é comparada a uma mulher cheia de adereços, enfeites e jóias. Se isto é pecado como Deus iria comparar sua Igreja com algo pecaminoso.
Não temos como ser a Igreja da Bíblia se não formos fiéis com a Bíblia.
Ezequiel 16. 8-13 – neste texto Deus usa uma linguagem figurada para comparar Jerusalém com o seu povo; é Deus mesmo falando ao seu povo.
É tempo de desejos, era tempo de amores.
Dá para pensar muita coisa aqui com toda sinceridade, dá para construir idéias é Deus que está falando que deu ao seu povo enfeites.
Daniel 5.15-29 – o rei dá como retribuição roupa e corrente de ouro. Se para Daniel fosse pecado não teria usado.
Deuteronômio 22.5 – se nós quisermos textualizar, se entendemos o contexto da época, qual era o traje da época?
Se for isso, Deus está dizendo que o homem deveria se vestir daquele jeito, mas nós não nos vestimos conforme os homens daquela época.
Devo ser fiel a Bíblia e olhar Deuteronômio capitulo 18 – o povo de Israel estava saindo do Egito e peregrinando pelo deserto, para chegar a terra de Canaã. Mas Canaã não estava vazia. Por que Deus está trocando o povo da terra?
Deuteronômio 18.9 a seguir; vocês não podem aprender isto, por isso estão sendo lançados fora e não foii que aconteceu! O rei do norte fez abominação e Deus aniquilou o reino e só ficou o do sul. Deus está dizendo ao povo no deserto, que não fizessem o que as nações faziam. Esta orientação era uma alusão a certos cultos impuros (conforme descreve a bíblia de Jerusalém). Era costume dos pagãos fazer cultos com rituais satânicos. O povo de Canaã trocava de roupas para seus cultos demoníacos, a licenciosidade e a adoração a ídolos. Alguns estudiosos, ao pesquisarem as histórias dão estas informações.
Portanto queridos irmãos (ãs) os princípios bíblicos são sempre morais, éticos e atemporal, são eternos. Costumes podem mudar, mas princípios são eternos não temos como mudar; não é humano é da parte de Deus.
Por estes motivos precisamos erguer nossas cabeças e vermos que o tempo mudou e não venhamos a confundir costumes e tradições com princípios bíblicos.
A Igreja Adventista da Promessa zela pelos princípios bíblicos e sabe que em cada país existe seus costumes, mas isto não impedirá o Evangelho de ser divulgado e também não impedirá Deus de salvar a humanidade.
Que Deus vos abençoe e possam ter uma excelente reflexão.
Texto adaptado da palestra sobre Usos e Costumes ministrada pelo pastor Aléssio Gomes.
Pastor Carlos Edson de Almeida
Bacharel em teologia pela Fatap – Faculdade de Teologia Adventista da Promessa.

sábado, 13 de fevereiro de 2010

CRESCIMENTO DA IGREJA SEGUNDO A BÍBLIA

A EVANGELIZAÇÃO
Texto básico: Mateus 28.18-20

Por que a evangelização deve ser a preocupação da Igreja e por que o envolvimento na evangelização deve ser ambição do pastor?  A resposta é simples: nosso Senhor Jesus Cristo nos mandou evangelizar (Mt 28.19-20; Mc 16.15-16; Lc 24.46-49; Jô 20.221; Atos 1.8).
Temos a obrigação de cumprir a Grande Comissão de fazer discípulos de todas as nações, começando em nosso próprio país. O propósito do Senhor é a salvação do mundo: "porque o Filho do Homem também não veio para ser servido, mas para servir e dar sua vida em resgate de muitos" (Mc 10.45) "Porque o Filho do Homem veio buscar e salvar o que se havia perdido" (Lc 19.10).
Para Cristo, ganhar o perdido era o maior desejo e o propósito expresso de sua vinda ao mundo (Jô 4.32-34).
Cristo chamou os discipulos para que o seguissem e aprendessem a ser "pescadores de homens" (Mt.4.19). Ele ensinou os discípulos para que se tornassem mensageiros das novas do Reino e testemunhassem seus sofrimentos. No final, Jesus os comissionou para que evangelizassem o mundo, o que começaram a fazer assim que receberam o poder do Espírito Santo (Atos 1.8); 2.1-4).
O relato de Atos descreve a obediência da Igreja à Grande Comissão, a mesma comissão confiada a Igreja de hoje.
(01)  A ORDEM DA EVANGELIZAÇÃO

A ordem, desse modo, é evangelizar  o mundo. Mas o que significa evangelizar?
Algumas definições chaves esclarecem o significado de evangelização. J. Packer define: "Evangelização consiste simplesmente na pregação do evangelho... É uma obra de comunicação na qual os crentes, sobre a misercórdia de Deus, se fazem porta-vozes da mensagem para os pecadores.
Todos aqueles que anunciam fielmente essa mensagem, sob quaisquer circunstâncias, tanto numa numerosa como numa pequena reunião, em um púlpito ou em uma conversa particular, estão evangelizando".
Também podemos definir da seguinte forma: "Ganhar almas significa que podemos tomar a Bíblia e mostrar ás pessoas que elas são pecadoras e, que de acordo com a Bíblia, Deus as ama. Sendo que Cristo morreu na cruz para pagar nossos pecados e que agora todos os que voltam honestamente o coração para Cristo, a fim de obter perdão, poderão alcançar a vida eterna. E, podemos incentivá-las a tomar essa decisão de fugir do pecado e confiar em Cristo para sua Salvação. assim ganhar almas significa levar o Evangelho a todos com tal poder do Espírito Santo que eles sejam conduzidos a Cristo e nasçam de novo; tornem-se filhos de Deus pela renovação do Espírito Santo".
Qualquer definição de evangelização ou expansão leva em consideração Mateus 28.18-20, que inclui mais que uma simples proclamação de um simples evangelho. A ordem de fazer discíspulos inclui pelo menos quatro elementos:
1.1 IR ATÉ AS PESSOAS
Ir, ou seja, tomar a iniciativa de buscar as pessoas que não tenham sido alcançadas - vamos a elas, não esperemos que elas venham a nós.
1.2 CONTEÚDO
Apresentar o Evangelho, a mensagem da Cruz, com todas as suas implicações do senhorio de Cristo, da expiação, da graça, do arrependimento e da fé.
1.3 EFEITO DA MENSAGEM
Batizaar, isto é, convocar os pecadores a uma declaração pública de sua fé em Cristo e arrependimento do pecado.
1.4 DISCIPULADO
Ensinar, colocar os convertidos numa assembléia em que seja possível um processo contínuo de ensino.

(02). A EXPANSÃO BÍBLICA

A expansão bíblica é mais que despejar folhetos evangelísticos na cidade ou convidar alguém para uma apresentação na Igreja.
Esses quatro elementos merecem um exame bem atento.
em execução.......

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

REFLETINDO SOBRE MORDOMIA

A MORDOMIA CRISTÃ E O CONVITE À SALVAÇÃO

" Do Senhor é a terra e a sua plenitude, o mundo e aqueles que nele habitam"

A palavra "plenitude" usada no Salmo 24.1 (melea) se refere a toda produção agrícola da terra, com essa informação poderiamos ler assim o Salmo: " Do Senhor é a terra e toda sua produção agrícola..." Se considerarmos o que representava para o homem do Antigo Testamento !toda produção agrícola", levando em consideração que a cultura dessa época era totalmente a cultura do plantio; era o mesmo que dizer que Deus era o dono de tudo aquilo que o homem durante o ano inteiro plantou (oliveiraas, videiras, tamareiras, sicômoros etc..), entenderemos o que o salmista na inspeiração do Espírito Santo quiz dizer-nos.
Mas por que o salmista nos diz que tudo o que temos pertence a Deus? É importante termos essa compreensão; Deus é dono de tudo que temos, Ele justifica Seu Senhorio sobre tudo o que temos dizendo: "Porque Ele a fundou sobre os mares e a firmou sobre os rios". (v2), Ele é o criador de todas as coisas, é dono do direito da criação, e deseja que seus servos entendam isso. Entender que Deus é o verdadeiro dono elimina qualquer pretensão soberba de nosso coração; nossa vida com Deus passa a ter um melhor relacionamento, pois o coração se torna limpo e pronto para entrar no monte santo do Senhor.
Em qual condição então eu posso dizer que os bens materiais que possuo são meus? Na condição de mordomo. Deus me escolheu para cuidar de algumas coisas suas aqui na terra. Ele deseja que eu as cuide com muita sabedoria, devo usar meu dinheiro sabiamente naquilo que me satisfaça (Is 55.2). Essa palavra utilizado por Isaias (siba) satisfação, neste contexto significa "bem-estar espiritual" Deus pretende dizer onde se deve aplicar suas fazendas, pois ele é que é o dono "naquilo que é pão e naquilo que nos traga satisfação espiritual". Analisando bem Isaias lemos que primeiro é feito um convite "as pessoas que não tem dinheiro, a se satisfazerem sem preço; e logo após é feita uma exortação àqueles que administram os recursos do Criador, a gastarem com sabedoria.
Esta a finalidade de sermos mordomos de Deus (administradores daquilo que pertence ao Senhor), utilizarmos os recursos também aplicando eles para o bem estar espiritual das pessoas que ainda não conhecem a Deus, e por isso são convidadas a vir comprar sem dinheiro e sem preço o pão da vida, custeado por você Mordomo de Deus.

Pr. João Augusto


Pastor João Augusto da Silveira e familia - fundador da Igreja Adventista da Promessa em 23.01.1932